Sindicatos ainda buscam manter empregos no país
Os empregados da Ford ainda lutam para manter os postos de trabalho nas três unidades que a montadora americana decidiu fechar no Brasil. Ontem, representantes dos três sindicatos dos metalúrgicos de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE) se reuniram com centrais sindicais para traçar as estratégias a serem usadas na tentativa de reverter a decisão da empresa.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, Cláudio Batista, ficou decidido que cada entidade fará um encaminhamento aos três governadores e aos senadores para tentar envolver o poder público “nessa luta”.
“O nosso plano A é a manutenção dos empregos, por isso vamos realizar ações e atos nas cidades e sensibilizar a sociedade e o poder público. Não discutimos sobre indenizações”, afirmou Batista.
Na reunião estavam presentes a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Força Sindical e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). “Está marcada para amanhã mais uma reunião entre os sindicatos e as onze centrais”, ressaltou o dirigente.
Além da nova reunião, ficou decidido que haverá atos nas concessionárias Ford para impedir a venda de carros da marca. “Outra medida, que devemos tomar é pedir uma auditoria do governo junto ao BNDES para saber dos empréstimos que foram feitos à Ford. Vamos envolver os deputados para ver como se encaminha isso. E continuamos com as vigílias nas portas das fábricas.”
O fechamento das operações industriais da Ford levou o Ministério Público Federal (MPF) a abrir um procedimento administrativo para acompanhar os impactos socioeconômicos e concorrenciais da medida.
A portaria é assinada pelo subprocurador-geral da República Luiz Augusto Santos Lima que afirmou que o fim das atividades pode trazer impactos “capazes de provocar a redução dos níveis de renda e emprego, afetando negativamente a economia.”
Fonte: Obino Advogados